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Acrão (em grego clássico: Ἄκρων; em latim: Acro), filho de Xenão, foi um eminente médico grego nascido em Agrigento. Seu tempo exato de vida não é conhecido; mas, como é mencionado como sendo contemporâneo de Empédocles, que morreu por volta do início da Guerra do Peloponeso, Acrão deve ter vivido no século V a.C..
Da Sicília, Acrão foi para Atenas, e lá abriu uma escola filosófica (εσοφίστευεν). É dito que estava na cidade durante a grande praga (430 a.C.), e que grandes incêndios, com o objetivo de purificar o ar, foram ateados nas ruas por sua orientação, que se revelaram de muita utilidade para a maioria dos doentes. No entanto, deve-se ter em mente, que não há nenhuma menção a isso em Tucídides, e, se é verdade que Empédocles ou Simônides (que morreu em 467 a.C.) escreveu o epitáfio de Acrão, pode-se duvidar se ele esteve em Atenas durante a praga.
No retorno a seu país natal, o médico pediu ao Senado para conceder-lhe um pedaço de terra onde pudesse construir um túmulo familiar. O pedido foi indeferido, por sugestão de Empédocles, que concebeu que tal concessão para esse fim iria interferir com o princípio da igualdade, que ele estava ansioso por estabelecer em Agrigento. Como o epitáfio sarcástico de Acrão é provavelmente o mais completo "jogo de palavras" registrado e, portanto, desafia qualquer tradução, será apresentado em grego para preservar o trocadilho do original:
A segunda linha foi, por vezes, lido assim:
Algumas pessoas atribuem o epigrama todo a Simônides.
Plínio considera-o como o primeiro dos empíricos. Porém, isso foi considerado um erro por parte do naturalista romano; a seita aludida não surgiu até o século III a.C., cerca de 200 anos após a época de Acrão. Alguns estudiosos consideram que a seita dos Empirici, a fim de se vangloriar de uma maior antiguidade do que a dogmática (fundada por Tessálio, o filho, e Políbio, o genro, de Hipócrates, cerca de 400 a.C.), apenas afirmou Acrão como seu fundador.
Nenhum dos trabalhos de Acrão chegou até nossos dias, embora ele tenha escrito vários no dialeto dórico sobre temas médicos e físicos, cujos títulos estão preservados na Suda e Eudóxia.