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Leishmaniose é uma doença infecciosa causada por protozoários parasitários do género Leishmania transmitidos pela picada de insetos da subfamília dos flebotomíneos. Existem três tipos principais: leishmaniose cutânea, leishmaniose mucocutânea e leishmaniose visceral. O sintoma mais evidente da forma cutânea são úlceras na pele. Na forma mucocutânea, as úlceras afetam não só a pele como também a boca e nariz. O sintoma inicial da forma visceral são úlceras na pele, a que mais tarde acresce febre, diminuição do número de glóbulos vermelhos e aumento de volume do baço e fígado.
As infeções em seres humanos são causadas por mais de 20 espécies de Leishmania. O parasita é transmitido pela picada de mosquitos fêmea de algumas espécies de flebotomínios. No Velho Mundo, o vetor mais comum são espécies do género Phlebotomus, enquanto no Novo Mundo é transmitida exclusivamente por espécies do género Lutzomyia. Entre os fatores de risco estão a pobreza, a desnutrição, desmatamento e urbanização. Os três tipos podem ser diagnosticados mediante observação do parasita ao microscópio óptico. O diagnóstico da forma visceral pode ser feito por meio de análises ao sangue.
A leishmaniose pode ser em parte prevenida dormindo protegido por redes mosquiteiras tratadas com insecticida. Entre outras medidas estão o uso de insecticida para matar o mosquito-palha e tratar imediatamente as pessoas infectadas para evitar que transmitam a doença. O tratamento depende do local onde foi adquirida a doença, da espécie de Leishmania e do tipo de infeção. Entre os medicamentos usados para tratar a leishmaniose visceral estão a anfotericina B lipossómica, a associação de antimónio pentavalente e paromomicina, e a miltefosina. Entre os medicamentos usados no tratamento das formas cutâneas estão a paromomicina, fluconazol e a pentamidina.
Estima-se que atualmente estejam infetadas com a doença entre 4 e 12 milhões de pessoas em 98 países. Todos os anos ocorrem dois milhões de novos casos e entre 20 a 50 mil mortes. Cerca de 200 milhões de pessoas vivem em regiões da Ásia, África, América Central e do Sul e Europa do Sul onde a doença é comum. A Organização Mundial de Saúde fornece medicamentos para o tratamento da doença a custo reduzido. A leishmaniose está classificada como doença tropical negligenciada. A doença pode também ocorrer numa série de outros animais, incluindo cães e roedores.