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A calçada portuguesa ou mosaico português ou calçada-mosaico (ou ainda pedra portuguesa no Brasil) é o nome consagrado de um determinado tipo de revestimento de piso utilizado especialmente na pavimentação de passeios, de espaços públicos, e espaços privados, de uma forma geral. Este tipo de passeio é muito utilizado em países lusófonos.
A calçada portuguesa resulta do calcetamento com pedras de formato irregular ou irregular, consoante a técnica, geralmente de calcário branco e preto, que podem ser usadas para formar padrões decorativos ou mosaicos pelo contraste entre as pedras de distintas cores. As cores mais tradicionais são o preto e o branco, embora sejam populares também o castanho e o vermelho, azul cinza e amarelo. Em certas regiões brasileiras, porém, é possível encontrar pedras em azul e verde. Em Portugal, os trabalhadores especializados na colocação deste tipo de calçada são denominados mestres calceteiros. Em algumas regiões de Portugal utilizam-se outras rochas, como o mármore e o xisto, no Alentejo, ou o granito, mais recentemente, no norte do país.
A rocha mais comum para estabelecer o contraste com o calcário branco até inícios do século XX foi o basalto, tanto em Lisboa como noutras localidades, conservando-se ainda inúmeros tapetes de pedra com os dois tipos de rocha, sedimentar e vulcânica, tanto na capital como um pouco por todo o país. O basalto praticamente deixou de ser utilizado no continente porque é mais difícil de se trabalhar, mas daí que se confunda a rocha atualmente mais utilizada, o calcário negro, com a rocha vulcânica. De facto, existe calcário de várias cores. O basalto continua a ser a pedra mais utilizada na Madeira e nos Açores, onde é abundante, sendo aí os desenhos executados a calcário branco. Quando é basalto, distingue-se pelo tom mais escuro e diferente textura, assim como pela sua maior irregularidade no corte, pois este é muito mais rijo. O basalto está presente na "calçada à portuguesa", que utiliza pedras irregulares, que foi a primeira técnica utilizada nas calçadas artísticas mais antigas, antes da sua evolução apresentar outras soluções de talhe mais elaborado, como "a malhete", ainda de pedras irregulares mas poligonais, tendencialmente pentagonais, ou já regulares, como o "sextavado", de forma hexagonal, ou "ao quadrado", a técnica hoje mais utilizada em Portugal. Assim, não se deve confundir calçada portuguesa, que é o termo genérico para todo o tipo de calçada com pedra de pequena dimensão (entre cerca de 3 a 4 cm e máximo de 7 cm), branca ou com desenhos, assente no solo de forma irregular ou regular, consoante a técnica utilizada, com calçada à portuguesa que é uma das técnicas, a primeira utilizada na sua execução.
A calçada portuguesa, tal como o nome indica, é originária de Portugal, tendo surgido como a conhecemos nos inícios da década de 40 do século XIX. Esta é amplamente utilizada no calcetamento de áreas pedonais, em passeios, praças, parques, pátios, etc. No Brasil foi um dos pavimentos mais populares utilizados na arquitetura paisagista do século XX, devido à sua flexibilidade de montagem e de composição plástica. A sua aplicação pode ser apreciada em projetos como o do Largo de São Sebastião, construído em Manaus no ano de 1901, a primeira calçada artística portuguesa no Brasil, cujo motivo mar largo, executado primeiramente no Rossio lisboeta, está também na origem do famoso calçadão da Praia de Copacabana (uma obra do prefeito Paulo de Frontin, expandida por Roberto Burle Marx) ou nos espaços da antiga Avenida Central, ambos no Rio de Janeiro.