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Os gases nobres formam um grupo de elementos químicos com propriedades similares: Em condições normais de temperatura e pressão (CNTP), são todos gases inodoros, incolores, monoatômicos de baixa reatividade química. Os gases nobres que ocorrem naturalmente são o hélio (He), neônio (Ne), argônio (Ar), criptônio (Kr), xenônio (Xe), radônio (Rn) e artificialmente o oganésson (Og).
Para os seis primeiros períodos da tabela periódica, os gases nobres são exatamente os membros do grupo 18. É possível que, devido a efeitos relativísticos, o elemento fleróvio, do grupo 14, tenha propriedades similares aos dos gases nobres, em vez do grupo 18 do elemento oganésson. Os gases nobres são tipicamente não reativos, exceto quando sob condições particularmente extremas. A inércia dos gases nobres os torna muito úteis em aplicações onde reações não são desejadas. Por exemplo, o argônio é utilizado em lâmpadas de bulbo para prevenir a oxidação do filamento de tungstênio e o hélio é utilizado em cilindros de mergulho em grandes profundidades para evitar a toxidez do nitrogênio que se solubiliza em altas pressões.
As propriedades dos gases nobres podem ser bem explicadas pela teoria da estrutura atômica moderna: sua camada externa de valência é considerada completa tendo pouca tendência a participar em reações químicas, sendo possível preparar apenas umas poucas centenas de compostos de gases nobres. O ponto de fusão e ebulição para um determinado gás nobre é próximo diferindo menos de 10 °C, ou seja, eles são líquidos somente em uma pequena faixa de temperatura.
Neônio, argônio, criptônio e xenônio são obtidos a partir da separação do ar usando métodos de liquefação de gases e destilação fracionada. O hélio é obtido a partir de campos de gás natural que possuem altas concentrações de hélio, usando técnicas de separação criogênica de gases e o radônio normalmente é isolado a partir do decaimento radiativo de compostos dissolvidos de urânio, tório ou rádio (uma vez que estes compostos têm decaimento alfa, que é equivalente a um átomo de Hélio-4). Os gases nobres têm diversas aplicações industriais importantes tais como na iluminação, soldagem e exploração espacial. Uma mistura oxigênio-hélio é, às vezes, utilizada por mergulhadores em profundidades superiores a 55 m a fim de evitar que o efeito Paul Bert, um efeito letal do oxigênio em altas pressões, e a narcose por nitrogênio, um efeito que o gás possui além do limiar de sua pressão parcial. Após os riscos causados pela inflamabilidade do hidrogênio terem se tornado evidentes, este foi substituído pelo hélio em dirigíveis e balões.