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Pericardite é a inflamação do pericárdio, o invólucro de tecido fibroso que envolve o coração. O sintoma mais comum é dor no peito intensa de aparecimento súbito. A dor pode também ser sentida nos ombros, pescoço ou costas. A dor geralmente é menos forte quando se permanece em pé e mais intensa quando se está deitado ou ao respirar profundamente. Entre outros possíveis sintomas estão febre, fraqueza, palpitações e falta de ar. Em alguns casos os sintomas manifestam-se de forma gradual.
Acredita-se que a causa mais comum de pericardite sejam infeções virais. Entre outras possíveis causas estão infeções bacterianas como a tuberculose, pericardite urémica, sequelas de um enfarte do miocárdio, cancro, doenças autoimunes e trauma torácico. Em muitos casos desconhecem-se as causas exatas. O diagnóstico baseia-se na presença de dor no peito, na auscultação de atrito pericárdico, em determinadas alterações do electrocardiograma e na presença de líquido em volta do coração. Entre outras condições que produzem sintomas semelhantes está o enfarte do miocárdio.
Na maior parte dos casos, o tratamento consiste na administração de anti-inflamatórios não esteroides e possivelmente colchicina. Nos casos em que não são apropriados podem ser administrados corticosteroides. Geralmente os sintomas melhoram ao fim de alguns dias ou semanas, embora em alguns casos possam demorar meses a passar. Entre as possíveis complicações estão o tamponamento cardíaco, miocardite e pericardite constritiva.
A pericardite é uma causa relativamente pouco comum de dor no peito. Em cada ano, a doença afeta cerca de 3 em cada 10 000 pessoas. A doença é mais comum entre homens entre os 20 e os 50 anos de idade. Cerca de 30% das pessoas afetadas manifesta mais de um episódio.