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A doença de refluxo gastroesofágico (DRGE), também conhecida como refluxo, é uma condição crónica. Acontece quando o conteúdo do estômago regressa ao esófago, causando sintomas ou complicações. Os sintomas mais comuns são a azia, mau hálito, dor torácica, vómitos, dificuldade em respirar e o desgaste dos dentes . As possíveis complicações incluem a esofagite, estenose do esófago e o esófago de Barrett. Não existe por enquanto uma cura conhecida.
Os fatores de risco incluem obesidade, gravidez, fumar, hérnia do hiato e alguns medicamentos. Os medicamentos envolvidos mais comuns são anti-histamínicos, bloqueadores dos canais de cálcio, antidepressivos e indutores do sono. A doença é causada por uma disfunção do esfíncter esofágico inferior, a união entre o estômago e o esófago, que não encerra por completo. Em pessoas que não melhoram com medidas de tratamento simples, podem ser necessários métodos complementares de diagnóstico, como endoscopia digestiva alta, radiografias com contraste, phmetria esofágica ou manometria esofágica.
O tratamento consiste em modificações no estilo de vida, medicação e, nos casos mais graves, cirurgia. As modificações no estilo de vida incluem não se deitar nas três horas seguintes a comer uma refeição, perder peso, evitar alguns alimentos e parar de fumar. Os medicamentos usados são antiácidos, bloqueadores do recetor H2, inibidores da bomba de protões e procinéticos. Em pessoas que não melhoram com outras medidas, pode ser considerada cirurgia.
Nos países ocidentais, a condição afeta entre 10 e 20% da população. O refluxo gastroesofágico ocasional, sem sintomas ou complicações significatvas associadas, é mais comum. A doença foi descrita pela primeira vez em 1935 pelo gastroenterologista norte-americano Asher Winkelstein. Os sintomas clássicos já tinham sido descritos em 1925.