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A cultura argárica ou cultura de El Argar é uma manifestação e expressão dos povoados do sudeste da Península Ibérica na Idade do Bronze, que formaram uma das sociedades mais relevantes na Europa do 3º milénio a.C. e 2º milénio a.C. e que é uma das melhores estudadas graças ao excelente estado de conservação dos restos arqueológicos. Constitui um complexo cronocultural que é considerado indicativo dos processos de hierarquização social que se estenderam pela Andaluzia e Levante peninsular. O seu nome deve-se ao sítio arqueológico de El Argar, situado no município de Antas, na parte oriental da província de Almeria, sul de Espanha.
Esta cultura arqueológica foi descoberta e definida em finais do século XIX pelos irmãos Enrique e Luis Siret. Carateriza-se pela existência de povoados situados em áreas de difícil acesso e/ou fortificados, casas de planta quadrada construídas com pedra e adobe, enterramentos em cistas, potes cerâmicos (em castelhano: tinajas) e "covachos" (covas) debaixo do chão das próprias habitações, uma clara uniformidade material, abundância de armamento militar e uma progressiva estratificação social. Estende-se pelo sudeste da Península Ibérica, ocupando as províncias de Almeria e Múrcia, bem como parte das de Granada, Jaén e Alicante.
A cultura durou cerca de 800 a 900 anos, entre meados do 3º milénio a.C. e meados do 2º milénio a.C., distinguindo-se pelo menos duas fases, durante as quais se produziu uma contínua hierarquização social interna e uma expansão externa sobre as regiões vizinhas. Cerca de 1 500 a.C., a sociedade argárica desapareceu bruscamente.