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Resíduos sólidos, segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010) brasileira, são definidos como sendo todo material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade. Estes podem se encontrar nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água.
Os resíduos resultantes das mais diversas atividades podem não ter utilidade para quem os gera, porém podem ser reincorporados em outros processos produtivos como matéria-prima secundária, o que os difere de rejeito ou lixo. A PNRS define o termo rejeito como: "resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada". Tudo aquilo que não é passível de reutilização ou tratamento, é o que podemos chamar corretamente de lixo ou rejeito. Entretanto, popularmente, o conceito de resíduo sólido está vinculado ao termo popular de "lixo".
A geração de algum resíduo sólido que não fossem excretas corporais e restos de alimentos foi uma novidade que surgiu na nossa espécie com a sua sedentarização, quando ela começou a praticar a agricultura e elaborar o seu sistema de comunicação simbólica sob a forma de linguagem, ao mesmo tempo em que criava ferramentas para aumentar o poder e espectro de força de seu corpo, algo que nunca existira antes na vida do planeta nesse grau de complexidade. Surgiram, então, necessidades que não existiam antes, necessidades decorrentes do modo de agrupamento dos seres humanos, com relações cada vez mais complexas. Demandas de moradia, de limpeza, de indumentária, de proteção e de recursos. A cada inovação, surgia algum tipo de resíduo sólido que nunca tinha sido gerado antes, e isso foi se tornando cada vez mais intenso, se distanciando cada vez mais de todas as outras espécies animais, que, normalmente, apenas geram resíduos orgânicos putrescíveis.
O ponto crítico veio com a revolução industrial, que, iniciada no século XVIII na Inglaterra e espalhada para o mundo todo, deu a partida para que a curva de crescimento populacional tomasse a forma exponencial, assim como a geração de resíduos. A manufatura perdeu o sentido de "trabalho com as mãos". O que antes era feito com mãos utilizando ferramentas passou a ser feito com máquinas, e em massa, sem se aplicar o conceito de durabilidade máxima aos produtos.
Contudo, até nesse ponto, o pensamento humano em relação a durabilidade e obsolescência não havia chegado ao ponto que se encontra hoje. No Século XX, com o desenvolvimento da capacidade de uso não energético do petróleo, surgiram os polímeros sintéticos, que inauguraram uma nova classe de resíduos sólidos e, mais do que isso, inauguraram uma mudança cultural profunda, que aceita a descartabilidade e não reparabilidade dos objetos, aumentando ainda mais a geração de resíduos sólidos per capita.
Como citado anteriormente, na linguagem popular, o conceito de resíduo sólido está vinculado ao termo popular de "lixo", algo que não serve mais e que tem de ser descartado. Contudo, linguisticamente, denominar algo de "rejeito" ou "lixo" expressa que o indivíduo apenas não encontrou mais nenhum uso para este, e que ainda podem existir muitos outros usos para o mesmo. O geocientista e químico James Lovelock disserta em seus livros sobre a Hipótese de Gaia, em que o resíduo de um ser vivo é o alimento de outro e quando o resíduo de algum ser vivo não encontra um consumidor que consiga consumi-lo totalmente, os ciclos de retroalimentação da vida na Terra realizam mudanças nos padrões da vida.
Em processos naturais, não há lixo. As substâncias produzidas pelos seres vivos e que são inúteis ou prejudiciais para o organismo, tais como as fezes e urina dos animais, assim como os restos de organismos mortos, são, em condições naturais, reciclados pelos decompositores, que, por sua vez, excretam substâncias minerais que são o substrato dos vegetais. Até o oxigénio produzido pela fotossíntese, é um resíduo para a planta ou alga enquanto é útil para os organismos aeróbios.