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Em astronomia, os trópicos definem-se pelas linhas que separam as regiões da superfície de um planeta que, em virtude da rotação deste, cruzam em algum momento o plano orbital do planeta, daquelas regiões que, situadas mais ao norte ou mais ao sul que os trópicos, encontram-se sempre em um dos hemisférios definidos pelo plano orbital.
Não se devem na definição confundir plano orbital e plano equatorial. O primeiro corresponde ao plano que contém a órbita do planeta ao redor de sua estrela, e o segundo corresponde ao plano que contém o centro e é perpendicular ao eixo de rotação do planeta. De forma geral, há um ângulo esférico entre o plano orbital e o plano equatorial de um planeta ou astro a orbitar sua estrela central. No caso da Terra, esse ângulo atrela-se diretamente à popularmente conhecida "inclinação do eixo da Terra", e vale aproximadamente 23,5 graus.
Conforme acima definidos, os trópicos do planeta coincidem com círculos de latitude cujos valores medidos a partir do equador igualam-se em módulo ao ângulo entre os planos orbital e equatorial do planeta.
Em termos observacionais, a estrela só se apresenta em algum momento ao longo do ano visível no zênite para observadores posicionados em regiões situadas entre os trópicos (zona tropical), ou em limite para observadores justamente sobre os trópicos. Para observadores situados nas demais regiões, entre um dos trópicos e o correspondente polo geográfico, a estrela central, quando vista, encontrar-se-á, sempre, ou a norte ou ao sul de sua localidade. Para além dos trópicos, não há dia algum do ano no qual um objeto vertical deixe de produzir sombra. Na região tropical, objetos verticais não produzirão sombra em ao menos um dia do ano.